Chuva lá fora… magia dentro de casa!
Hoje, a meio da tarde, eu e a Eva (e toda a Coimbra!), fomos brindadas com uma bela chuvada! Chuvada e trovoada (os miúdos adoram rimas, podem-lhes ser proporcionadas em doses garrafais, carríssimos pais e educadores!). Como a Eva já estava despachada de mais uma sessão de “leitinho para encher a barriga”, peguei nela e fomos até à janela do quarto dela! Já é costume, após a sua digna refeição, circularmos pela casa, sim, porque a Eva não gosta lá muito de fazer a digestão “estacionada”! E assim foi, lá começamos nós mais uma sessão de “volta a casa em colinho”!
Quando então chegámos à janela do quarto parece que se tinha feito magia diante dos olhos da minha pequena! Ficou encantada, não sei se com o que via, se com o que ouvia, se com a combinação dos dois poderosos estímulos que a chuva trazia. Já tinha chovido mais uma ou outra vez desde que ela nasceu, mas com tanta força e de dia, penso que não, por isso hoje resolvemos mesmo aproveitar a oportunidade que a natureza nos trouxe!
Foi uma bela “aula” de estimulação auditiva e visual que consegui dar à Eva, pois para aprender, todas as oportunidades são boas! O que primeiro lhe prendeu a atenção foram as pingas mais grossas que caiam junto à nossa janela, mesmo próximas dos nossos olhos, penso que vindas dos beirais do prédio. Depois, o contraste com a chuva que ia caindo tão direitinha e de forma intensa para a nossa rua! Não sei se ela conseguia ver ainda a “levada” de água que corria junto ao passeio, em frente ao prédio, mas parecia que sim! Estava ela maravilhada e eu também, por toda aquela experiência visual que lhe pude proporcionar!
E o som? Não é que a cativou também?! Normalmente, ouvimos música clássica na aparelhagem ou no computador, pomos vídeos infantis no youtube ou na televisão, com dvd’s, mas hoje, poder ouvir sons reais foi algo maravilhoso! Ela parecia estar tão atenta! Ping, ping, ping… e inspirada pela doce melodia da chuva, lá comecei eu a trautear uma canção ao acaso, inventada, para a cachopa! Ela adorou! Ping, ping, ping! Permiti que ela me olhasse no rosto quando cantei para ela e não é que a atenção redobrou? Pois, ora nem mais! Os responsáveis eram os sons bilabiais, ou seja, os sons que produzimos com os dois lábios quando estes se juntam, tão fáceis de notar quando o nosso bebé nos olha. O /p/ do “ping, ping “, de “papá” e de “pai”, tal como o /m/ de “mamá” e de “mãe”, são dos sons mais facilmente observáveis pelos nossos pequenos rebentos! O /b/ de “bebé” e de “baba” também é poderoso para os seus olhitos cheios de vontade de tudo ver e igualar! Se têm a sorte de ter um pequeno ser maravilhoso, sedento de gestos para imitar, estes sons são do melhor para os estimular, palavra de Terapeuta da Fala! E a Eva não foi exceção, porque adorou!
Que maravilhoso momento passámos! Cantámos, dançámos, partilhámos expriências e uma dose extra extra extra grande de miminhos! Voltei a lembrar-me de como é bom ouvir e ver a chuva lá fora, no conforto do nosso lar, quentinhos e sem uma gota de chuva em cima para nos resfriar! Hoje, para além de redescobrir este prazer (pois normalmente apanhava era as chuvadas nas corridas entre o trabalho!), descobri ainda como é tão bom poder partilhar estes momentos com a minha filha! Pois, quando a chuva cai lá fora, … a magia pode acontecer em nossa casa! E hoje, assim foi!
2 comentários
carlosamaralphotography · 20 de Outubro, 2016 às 0:13
Que magia!
joanaaterapeuta · 20 de Outubro, 2016 às 0:17
Foi mesmo! 🙂 Recomendo vivamente mais momentos destes, a toda a gente! 😉