A amamentação é um dos laços que mais une mãe e filhos. Digo isto sem ter o intuito de diminuir as mamãs que o quiseram fazer e não conseguiram (tantas vezes por falta de apoio), as que o fizeram por um curto período de tempo ou mesmo aquelas que optaram por não seguir este caminho. Mas, ainda assim, direi sempre que este é dos atos mais bonitos, de maior dádiva entre a mãe e as suas “crias”! Haverá algo mais natural, mais simples e mais cheio de sentimento?

     Claro, há momento difíceis, em que o cansaço físico nos supera, … em que nos sentimos fracas, impotentes, diminuídas e massacradas… os julgamentos que ouvimos, ora porque não temos leite, ora porque amamentados até tarde, … ora porque não quisemos amamentar, ora porque estamos com o bebé à mama horas a fio e isso é “mau” hábito e mais tarde é que vai ser… Velhos e velhas do Restelo à parte, seguimos em frente seguras da nossa decisão!

     Tudo isto, são já para mim dados adquiridos. E tanto que se fala na amamentação, nas dúvidas, na falta de apoio, na forma como a sociedade encara as mães que tal fazem pelos seus filhos, … mas hoje, o que me guia a escrita é a homenagem àqueles que tantas e tantas vezes estão nos bastidores, os que dão tudo de si para que as mamãs se encham de forças e de coragem: os pais! Quantas mamãs reconhecem o papel crucial e fundamental dos pais na amamentação? Essa é a minha experiência, e só tenho um grande, enorme e gigante obrigada para te dirigir, Carlos. Obrigada! Obrigada, obrigada, obrigada!!! Tantas vezes me dizias que se pudesses trocavas de lugar comigo, quando me vias mais desgastada fisicamente, … quando sabias que eu jamais desistiria, mas quando lias o cansaço nos meus olhos e as poucas forças no meu corpo. Na amamentação,  como em outras vertentes da nossa vida em comum, formámos e formamos a equipa perfeita, ambos amamentámos a Eva, com amor, com carinho, com persistência, com cuidados mútuos! Foi uma imensa união de esforços, desde os primeiros momentos.

     Tão insegura que me senti nas primeiras vezes em que dei de mamar à nossa menina, … tanto medo que tinha de lhe pegar, … e eras tu quem ma punha ao colo. Jamais o esquecerei… a segurança que me mostravas encobria os meus medos! Eu pegava-lhe como se fosse de cristal, de porcelana, … mas o teu sorriso e o teu aconchego foram a minha força. Depois, com o tempo, as coisas foram-se tornando mais simples, e até de pé, sem cadeirão, nem almofada de amamentação, lá estávamos nós, a equipa imparável da “mamona” Eva e dos seus pais babados! Devo-te essa segurança crescente. Devo-te os imensos jantares que fazias enquanto eu passava horas de “mama ao léu”, a tua paciência, o “chega-me o comando”, o “chega-me o telemóvel, a fralda, os chinelos, os discos de amentação”… oh paciência infinita! Tão chata que devo ter sido… mas a absorção naquela missão era total, tu sabes bem… viveste-a comigo!

     Sei que muitas mamãs se devem rever nestas descrições. As mamãs que encontram nos maridos e nos companheiros o parceiro de lutas, neste caminho nem sempre fácil mas sempre recompensador. Agradeçam os papás, … aos que estão sempre lá! Mostrem-lhes o quão são essenciais e vitais em todo este processo! Todos gostam de se sentir valorizados, agradecidos, … não custa nada. Dizer “obrigada” é meio caminho para a felicidade! Obrigada Carlos, foste (és) essencial…todos os dias!

 


1 comentário

carlosamaralphotography · 12 de Agosto, 2018 às 11:50

Chata não foste de certeza! 🙂 De nada!

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